30 maio 2008

Schloss Eggenberg Hopfenkönig, Mac Queen's Nessie, Urbock 23° e Samichlaus

Estas quatro austríacas produzidas pela cervejaria Schloss Eggengerg, recém chegadas ao Brasil, já estiveram aqui neste blog em duas outras oportunidades. Na harmonização com charutos, onde foram degustadas em primeiríssima mão, e na harmonização promovida com elas pela Bier und Wein (importadora delas) no restaurante Al Mirto.

O Castelo (Schloss) Eggengerg foi fundado no século X, e é uma das mais antigas cervejarias da Europa. Está localizado do estado de Salzburg, Alpes austríacos, às margens do rio Alm, que é fonte da água utilizada na produção das cervejas.

As atividades comerciais do castelo foram iniciadas em 1681. Desde 1803, a sete gerações, é comandado pela família Stör. Recentemente adquiriam a licença para produzir a então suíça Samichlaus, uma das lagers mais alcoólicas do mundo.

Desta vez, assim como prometi, fiz a avaliação individual de cada uma delas.

A Hopfenkönig – ou “o Rei do lúpulo” em português, é uma lager clara, e como o próprio nome diz, com boa presença de lúpulo.

Hopfenkönig
5,1% ABV

Aparência: Dourada, límpida, boa formação e duração de espuma.
Aroma: Malte, biscoito, lúpulo floral.
Paladar: Malte, leve doce, amargor destacado, final seco.


A Nessie á elaborada com malte de whisky de Highland, Escócia. Matura por dois meses antes de ser engarrafada. O nome é uma homenagem ao lendário monstro do lago Ness.

Mac Queen’s Nessie
5,0% ABV

Aparência: Âmbar claro, média formação e duração de espuma.
Aroma: Toffee, malte, leve defumado de turfa, mel.
Paladar: Caramelo, malte, leve frutado, baixo amargor. Bastante suave.
O “Conhaque das Cervejas”. Este é o apelido da Urbock 23°. O número 23 se refere ao extrato primitivo da cerveja, medido em graus Plato. Antes de ser engarrafada, passa 9 meses maturando em caves. Acabou de receber uma medalha de prata na World Beer Cup 2008.

Urbock 23°
9,6% ABV

Aparência: Dourada, boa formação e duração de espuma.
Aroma: Malte intenso, doce, caramelo, leve álcool, frutado. Lembra uma ale.
Paladar: Maltes adocicados, licoroso, cítrico, frutado, condimentado, picante. Álcool bastante equilibrado, mesmo com seus 9,6%. Bastante complexa.
Cerveja deliciosa!

Esta é uma lenda cervejeira. Era produzida pela Hurlimann, na Suíça, e desde 2000 é uma marca da Eggenberger. É fabricada apenas uma vez ao ano, 6 de dezembro, dia de São Nicolau - nosso Papai Noel. Passa por 10 meses de envelhecimento antes do engarrafamento, e possui incríveis 14% de álcool, ainda mais por se tratar de uma lager! Pode ser adegada, e as edições mais antigas costumam apresentar sabor mais complexo e refinado.

Samichlaus – Edição 2007
14,0% ABV

Aparência: Rubi, límpida, boa formação e média duração de espuma.
Aroma: Maltado, licoroso, compota de frutas, condimentado, álcool,
Paladar: Malte, licoroso, frutado (uva passa, ameixa), álcool, doce residual acentuado (deve diminuir com a guarda). Uma cerveja que deve evoluir muito com a guarda. Vale a aposta!

7 comentários:

Anônimo disse...

Edu,
Parabéns pelo blog, existem poucas referências para essa "arte" da cerveja artesanal. Gostei mesmo desse espaço.
A hora que puder passe no meu blog

http://planetamarketing.wordpress.com

Abraços
Renê Gallep

Edu Passarelli disse...

Obrigado, Renê.

Farei uma visita ao seu blog!

Um abraço

Unknown disse...

Encontrei a Samichlaus no Zaffari do Bourbon por 19,50. Não me contive e comprei, pois tinha lido sua review e a curiosidade falou mais alto que o orçamento. hehehehe. Abraços.

Edu Passarelli disse...

Gustavo,

Ela é carinha mesmo. Porém, é uma raridade!

Depois nos conte o que vc achou.

Um abraço

Anônimo disse...

Acabo de experimentar uma Samichlaus... Preferi a Nessie e a Urbock, mas, sem dúvida, é uma cerveja peculiar. Além do teor alcoólico, destaque para o residual doce, sem dúvida.

Marcelo

Unknown disse...

Caro Edu,

Nem sei se você vai ler esse comentário, mas sou eu ali, Gustavo Sabra, que comprou a Samichlaus por R$19,50.
Tomei a dita e achei um incrível cerveja. Muito encorpada, bastante álcool no paladar. Gostei muito. comprei outras depois disso.
Então resolvi ir além. Seguindo seu conselho, deixei uma da safra de 2008 guardada por 7 anos! Sim, 7 ANOS!
Bom, ontem foi o dia de finalmente degustá-la.
Sinceramente? Acho que exagerei no tempo de guarda. hahahaha
Ela perdeu totalmente a carbonatação e as notas de álcool tb ficaram bem mais fracas. Mas o gosto, esse ficou bem mais complexo, além de mais turva tb. Talvez eu deveria ter feito isso há 3 anos atrás, mas acho que valeu a experiência.
Valeu a dica!
Forte abraço!

Edu Passarelli disse...

Gustavo, tudo bem?

Poxa, tenho uma 2007. Vou beber logo, então! rsrsrs Tem outras boas cervejas para esta experiência também, como Chimay Grande Reserve, Cuvee Van de Keizer, etc.

Grande abraço

Edu