07 maio 2009

1ª Degustação Histórica - Parte 3


A última parte do relato da 1ª Degustação Histórica segue com as últimas quatro cervejas, um whisky e um vinho. Whisky e vinho??? Isso mesmo! Para encerrar a noite, um brinde com um whisky da belga Gouden Carolus e uma taça de um raro vinho francês, levado pelo sommelier do Fasano Manoel Beato. Uma noite inesquecível!

Outra produção da Jacobsen chega à nossa mesa. Trata-se de uma Imperial Barley Wine, cerveja que já não mais está disponível no mercado. Seus 10,1% de álcool são obtidos com uma fermentação com três levedos diferentes: alta, baixa e fermento de whisky. Traz notas de caramelo, baunilha, frutas secas e vinho do Porto.
A porrada de lúpulo que tem a americana Rogue Imperial Stout, com seus 87 IBU, assustou alguns dos degustadores. Eu gostei, mas concordo que era muita força, já que além do amargor ela traz 11,6% de álcool, dentro daquela degustação. A presença de maltes torrados e caramelizados é facilmente percebida, junto com notas de café, chocolate e muito lúpulo!

A terceira e a última versão da Fuller`s Vintage, 1999 e 2008, frente a frente. A versão 99 usou malte e lúpulo eleitos os melhores daquele ano, no caso, lúpulo Fuggles e malte Optic. Já a 08, usou lúpulos Challenger e Nothdown e malte Maris Otter. E ambas com o fermento especial da Fuller`s. As diferenças são grandes. Na mais antiga, nota-se uma cerveja mais redonda, com toques de frutas secas, uva passa, pão e por incrível que pareça, amargor de lúpulo. A versão atual mostra mais frescor, lúpulo bem presente tanto em amargor quanto no aroma, bom equilíbrio de malte e bastante fruta vermelha. Ambas ótimas cervejas.


Já provou uma cerveja a 70ºC? Esta é a proposta da Liefmans Gluhkriek. Pois bem, elevamos a temperatura e fomos à degustação. A sensação é inusitada e bastante interessante. Pouca carbonatação, corpo mais denso e bastante presença de cereja. Canela, maça, picante e um leve azedo também são perceptíveis.


O Gouden Carolus Spirit é um Single Malt, destilado da cerveja Gouden Carolus Tripel, que passa por estágio em barricas de carvalho por um ano. Traz grande potencia alcoólica, notas de madeira, malte e algo herbáceo. É uma bebida interessante, que mostra quão grande é o leque das cervejas.
Para encerrar a noite, outra raridade, desta vez no mundo dos vinhos. Um Chambertin Veilles Vignes 1985, sobre o qual a única coisa que me atrevo a dizer é que estava maravilhoso!

E que venha a segunda Degustação Histórica!

Para ver sobre a primeira e a segunda parte da degustação, clique aqui e aqui. Mais fotos no Flickr, aqui.

4 comentários:

Anônimo disse...

Só pérolas cervejeiras, que maravilha!!
Grande Abraço
Diego

Edu Passarelli disse...

Diego,

A missão agora é fazer da segunda algo tão grande quanto a primeira!!!

Abraços

Jean disse...

Prezado Edu,

Que dia, hein? Como você bem disse "histórico"!!

Mas, sinceramente, dava para apreciar as últimas degustações? Por serem tantas as cervejas, os sabores já não estavam misturados na boca? E o álcool?

Um abraço e parabéns pela postagem,
Jean Claudi.

Edu Passarelli disse...

Jean,

O volume per capita era pequeno. Mesmo assim, ao final o paladar já não é mais o mesmo.

Abraços